quarta-feira, 5 de março de 2008

Manuel Monteiro defende fim de imunidade parlamentar...


O presidente do PND, Manuel Monteiro, defendeu hoje o fim da imunidade parlamentar e o exercício do mandato de deputado em exclusividade de funções como forma de "dignificar a vida política".O líder do Partido da Nova Democracia defendeu que "quem é eleito deputado tem que deixar de exercer a profissão, seja advogado, médico ou qual for", argumentando que essa seria uma forma de "precaver situações" em que as leis "são feitas à medida" de interesses particulares.Em declarações à Agência Lusa no final de uma reunião com o bastonário da Ordem dos Advogados, Manuel Monteiro disse ter transmitido a Marinho Pinto "o caminho da denúncia e do combate à corrupção". Manuel Monteiro defendeu que a exclusividade de funções no exercício do mandato de deputado "é uma forma de dignificar a vida política e parlamentar", considerando que os deputados que acumulam o mandato com uma profissão "estão mais susceptíveis de propor alterações de leis que lhes dizem respeito".O líder do PND defendeu ainda o fim do actual regime de imunidade parlamentar, propondo que os deputados só sejam beneficiados pela imunidade em "relação a questões como o livre exercício da actividade política". Manuel Monteiro elogiou ainda "a coragem" da eurodeputada do PS Ana Gomes por "denunciar casos de cumplicidades entre o PS e o dr. Paulo Portas" e desafiou a eurodeputada a dizer a quem se referia."A interpretação que eu fiz é que se tratava de Jorge Coelho e foi isso que referi. A dra. Ana Gomes já esclareceu que não era um recado a Jorge Coelho. Então a quem se estava a referir?", questionou. Ana Gomes escreveu no seu blogue, na semana passada, que "quem se mete com o Dr. Paulo Portas, tal como com um certo PS, leva", a propósito do anúncio do líder do CDS-PP de processar o ministro Jaime Silva por se considerar lesado no seu bom-nome por afirmações do governante. No domingo, a eurodeputada escreveu que as declarações de Monteiro distorciam as suas afirmações no blogue, frisando que apenas nomeou Paulo Portas para criticar "politicamente a sua actuação" e denunciar "a extraordinária impunidade de que vem beneficiando face a actos ilegais e danosos para o país que praticou nos governos de Durão Barroso e Santana Lopes.SF.
in "Expresso".

Efeito Placebo:
Acho muito bem, que os politicos parem de se esconder por detrás da imunidade parlamentar, aliás neste exacto momento temos vários Deputadods, de vários Partidos que se escondem por detrás da imunidade parlamentar para assim, fugirem ás "malhas da lei".
Fico triste ao ver que ninguém faz nada para combater, de facto, a corrupção na politica.

4 comentários:

Anónimo disse...

Pois é sr. manuel monteiro vc fala fala mas não fala de nenhum caso em concreto.....talvez esteja na hora de se começar a denunciar nomes e esquemas e parem de mandar apenas boatos para o ar...

Anónimo disse...

Ainda bem que pessoas como Manuel Monteiro falam do que sabem. É verdade quando diz que o deputado António Preto é acusado de corrupção, falsificação de documetos e outros crimes e tem conseguido constantemente adiar julgamentos. Não se compreende pois só estando em conluio com alguém na justiça é que este senhor consegue andar ainda cá fora gozando o pagode. REalmente a imunidade devia acabar mas, todos os deputados de todos os partidos jogam entre si e não lhes convem pois muitos deles estão na mesma situação que António Preto. É esta a democracia que temos, são estes que fazem as leis à sua medida neste País. O povo tem de acordar.

Anónimo disse...

Os politicos combater a corrupção???? francamente vcs acham que eles se vão investigar a eles próprios???
espero que Manuel Alegre dê voz a esta causa e que João Cravinho que foi corrido literalmente para se calar volte e já agora estou um pouco decepcionado com o Sr. Presidente da Republica em relação a esta questão gostava de o ver a tomar uma atitude...

Anónimo disse...

A corrupção envolvendo deputados prolifera, no entanto estes escudam-se na imunidade. È altura de serem julgados como todos. Não devem existir cidadãos de primeira e outros de segunda. A justiça para o delito menor e para julgar crimes de pessoas com poucos recursos é muito célere, no entanto para os crimes de "colarinho branco", com políticos e gente influente raramente avança e quando o faz tem sempre um desfecho inconclusivo. Infelizmente existem ainda dois Portugais...o dos RICOS e o dos POBRES