BANCO PRIVADO PORTUGUÊS
Por Gabriel Silva em 2 Dezembro, 2008 in Blog BLASFÉMIAS
"Um grupo de investidores junta os trapinhos e fazem um banco para gerir os seus investimentos, nomeadamente no mercado de capitais. Durante uns anos as coisas correm bem. Recentemente viram os seus investimentos irem por água abaixo com a queda das bolsas. Dada a a falta de liquidez dos próprios accionistas/clientes que tem levantado os seus investimentos, o banco não tem cheta. Ninguém tem ponta de interesse em comprar o banco. Ninguém lhe quer sequer emprestar dinheiro. De acordo com o mercado, o banco não interessa para nada. Algum problema? Nenhum.
Mas o que sucede? Sob a forçada e suspeita alegação de interesse de defesa da «imagem» do país, o governo socialista, através da entidade que se afirma de «supervisão» e com a liderança do banco do estado cuja actividade é determinada pelos interesses concretos do partido que ocasionalmente governa, resolvem forçar um sindicato bancário em auxílio dos coitadinhos dos investidores. Como? Primeiro assegura-se que todos os bancos intervenientes tem acesso a capital garantido por todos os contribuintes. Depois, porque evidentemente há um preço a pagar por tal benesse (não há almoços grátis) indica-se onde parte de tal dinheiro garantido pelos contribuintes deverá ser aplicado: a impedir que um banco sem viabilidade feche portas e garantir que seja sustentado com o aval dos contribuintes. É esta a «imagem» que o governo socialista quer salvaguardar: terceiro mundismo, socialismo de estado e utilização do poder público em favor de privados com o dinheiro de todos."
Efeitoplacebo: Um artigo genial... Comenta de forma bem directa a vergonha que foi a injecção de capital do Governo no BPP.
Se recordarmos, o Ministro das Finanças referiu á cerca de 3 semanas, que o BPP não representava risco sistémico, para o mercado financeiro Português, porém, uma semana depois esta vergonha acontece...
Lembro que o BPP tem como accionistas homens bem influentes da nossa sociedade, ligados ao mais variados ramos de negócio, onde a influência e o poder imperam. Por exemplo, comunicação social, finanças, escritórios de advogados, Construção civil, etc...Ou seja, o Governo preferiu salvar os que lhe podem fazer mal (os Poderosos), em detrimento dos contribuintes menos abastados, ou mesmo, pobres.
Fantástico, como de repente, um manto de silêncio caiu sobre esta situação e VERGONHA.
Enquanto isso o Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, vai assobiando para o lado, fingindo que não vê o que se passa.
Haja poder absoluto...assim se Governa em Portugal!!!
6 comentários:
Balsemão e companhia conseguiram numa semana transformar um Banco que não "representava risco sitémico", num Banco indispensável á saude financeira dos sitema Portiguês. Palavras para quê? Manda quem pode...obedecem os outros.
È de facto uma vergonha dar dinheiro a um Banco que tem como missão fundamental a gestão de riquezas, activos e negociação de obras de arte. Suponho que nenhuma destas actividades é praticada pelo comum contribuínte. Uma vergonha agravada pelo silêncio e pela anuência do Governo.
È escandaloso. estamos a ser assaltados e nada dizemos ou fazemos. Que desmotivante.
E os BURROS somo nós, já alguem dizia. Pois somos!!! Nada fazemos e tudo deixamos que se faça.
Onde pára a vovó Manecas?
Está muda, ou o bronca republicana, socialista e laica é TAMBÉM com ela?
De facto o silêncio é geral...que vergonha
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